quinta-feira, 26 de maio de 2011


Desfaço logo o trocadilho do título, que quer dizer que as pessoas disputam o poder, não porque querem mudar (há algumas exceções), fazer o melhor, mas pelos benefícios e acesso que ele trás.

Existe uma briga muito antiga de duas famílias da capital paraense, Barbalhos e Maioranas. Mas não vou tecer comentários sobre esse caso, pois já temos uma opinião em uma postagem anterior. Vou falar de uma escala mais micro e expor a crise que está ocorrendo no Instituto Federal do Pará – IFPA, relacionando essa escala de poder com a escala superior.

Temos instituições distintas dentro do Instituto, entre elas estão a reitoria, as direções gerais dos campi e vem caindo a hierarquia com diretoria de ensino, técnico e superior, assessoria de comunicação, gerência de tecnologia, enfim.

Temos também as instituições estudantis de representação geral, Grêmio Estudantil Cabanagem – GECA e Associação Diretório Central dos Estudantes – DCE. O primeiro representa o nível médio - técnico e o segundo, nível superior.

Também existem os Centros Acadêmicos: de Geografia, de Letras, de Engenharia de Materiais, enfim.

Existe, no IFPA, várias maneiras de se conseguir bolsas remuneradas, sejam elas de pesquisa, que é o caso do PIBID, PIBCT, PIBEX, enfim. Ou podem ser administrativas.

Também, existe brecha para apresentação de trabalho científico em congressos, simpósios e outros eventos acadêmicos, pois se você contribui para a ciência, ganha o direito de expor o seu trabalho.

Logo, existem inúmeras formas de “concessão de recursos”. Isso é normal, desde que tudo vá para o portal “Transparência” - os recursos gastos têm que ser colocados neste portal em tempo real.

Acontece que, para chegar ao poder, as pessoas precisam fazer “alianças”, contatos e talvez até criar uma rede, ou se filiar a um partido político. E quando chegar ao tal poder, ficam devendo favores às pessoas que lhes ajudaram a alcançar tal objetivo. Às vezes esses favores se convertem em “bolsas” ou “ajuda de custo” na micro escala.

Ontem, segundo uma denúncia feita pelo prof. Walber Wolgrand, chegou a mão dos estudantes uma denúncia contendo um impresso do portal “Transparência” divulgando quanto algumas pessoas ganharam ou receberam em novembro de 2010.

Nesta lista tinham vários nomes, entre eles, entidades como as de representatividade estudantil geral do IFPA: DCE (presidente e outros diretores) e GECA (diretores).

Em uma conversa informal com estes representantes, eles diziam que não recebiam nada (e também não podem), pois a gestão desta entidade é de natureza não remunerada. Então como estes apareceram na lista da “Transparência”, recebendo em novembro de 2010 R$ 1.100,00? (Justifiquem-se representantes)

Vi até colegas decepcionados com o exposto.

Confesso que tive desejo de ter uma certa anarquia (extinção da instituição DCE) pelo fato, também pela disputa que já se projeta para o próximo pleito, que deverá acontecer em junho, ou até julho, ou agosto.

No IFPA não há um debate entre estudantes, essa que é a VERDADE (se ela existe). Há sim um jogo de interesses, comprovado pela denúncia.

Penso que alguém inconformado jogou, falando grossamente, “merda no ventilador”. Esse alguém foi o herói do Instituto, a “mosquinha de Belém”, o grande, o filósofo Walber Wolgrand.

Um muito obrigado por sua imensa contribuição a verdadeira “Transparência” no Instituto. Você é um homem de coragem. Parabéns.

Mudando de escala, mas ainda na micro, tivemos, essa semana, a Nota de Repúdio feita contra o magnífico reitor do IFPA, Edson Ary, assinada por celebridades da instituição: o diretor geral do campus Belém, Darlindo Veloso, o diretor substituto Marcio Benicio, o então diretor de ensino, Daniel Palheta, o diretor administrativo, Carlos Rodrigues, o diretor de pós-graduação, Benedito Coutinho e o diretor de extensão, Fausto Bezerra.

A nota reza o seguinte:

“A direção geral do campus Belém comunica a comunidade que estamos sendo alvo de ações de desmando por parte do Reitor Edson Ary, caracterizadas pela publicação da Portaria 389/2011 de delegação de competências, que centraliza as competências vitais do diretor geral na pessoa do reitor. Mais recentemente, a publicação da portaria 396/2011, que exonera, a revelia do diretor geral do campus Belém, o diretor de ensino, professor Daniel Palheta, e designa (impõe), através da Portaria 397/2011, o professor Antonio Roberto Oliveira.

Diante do exposto, a gestão do campus Belém, indignada, REPUDIA essa atitude que fere a nossa CARTA MAGNA e instala o estado de exceção, no campus Belém, há muito extinto em nosso País.”

O que aconteceu para haver esse racha na “Alta Corte” no IFPA? Será que vem por aí uma candidatura à Reitoria? Ou os diretores incorporam o espírito de super-super de Walber Wolgrand e resolveram promover a discussão de delegação de competências?

A disputa é pelo osso.
Encaminhem aos interessados.


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3 comentários :

  1. Sem contar o ex-presidente Sérgio Cabeça, atualmente presidente do Clube do Remo, que teve o mandado de prisão expedido pela justiça essa semana.


    Excelente texto Adriano!

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  2. meu nome é euclides santiago sou aluno de um curso superior já tive a grande oportunidade de conhecer e admirar o trabalho serio tanto do reitor assim de seu grupo técnicos de acessores pois são pessoas muito profissionais focadas em dar soluções a demanda de processos sempre baseadas nas leis que rege a nossa educação.
    o que esta faltando meu amigo neste campus é o diretor de geral deixar os interesses pesssoais de lado e cuidar mais da qualidade de ensino desta magnifica instituição a onde nimguém se entende,qualificar mais o pessoal administrativo,dando uma visão de ensino superior porque isto esta mais parecendo escola de 1º grau onde os alunos são tratados como se fosse criança e a direção não tá nem ai."colÔnia de férias" rsrsrs..........

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  3. Esta faltando mais humanização educacional nesta instituição de ensino até porque eu mesmo já fui vitima de constrangimento dentro desta minha própria instituição a direção esta brincando de educação e esta entidade de insino esta vivendo um conflito de identidade pois até antes era direcionada ao ensino médio e técnico e hj ela esta com vários cursos superiores que merecem serem levados a serio.eu até sujeria que ela sofresse uma intervenção por parte da reitoria para que ela se adquasse a tal realidade.Esta faltando ética,comprometimento e principalmente acabar com umas panelinha que existe lá dentro que tende enfraquecer e comprometer o reitor e seu grupo de apoio onde só quem perde é corpo discente e para finalizar outro dia o diretor de ensino deu feriado dia 05,06/09/2011 se não bastasse só o dia 07/09211 eles tiveram 03 dias de feriado isso é pura sacanagem dorme com um barulho deste amigo srsrsr..............

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