sábado, 4 de junho de 2011

Este título é idêntico ao de um capítulo do livro “A Vida Nas Cidades” de Eliseu Saverio Sposito.

Casa para quem?

Vejo construtoras fazendo verdadeiros impérios na cidade de Belém e me faço essa pergunta.

Sposito (1996) diz que existem vários não-donos da cidade. Os donos são considerados aqueles que possuem parte da cidade: uma casa, um terreno, uma loja.

Já os não-donos são os que não tem, os que moram de aluguel por exemplo não são donos da cidade.

Hoje, a presidente do Brasil anunciou para meados deste mês o lançamento do “minha casa, minha vida 2”, que deverá construir 2 milhões de novas moradias em todo país.

Será que serei dono da cidade? Vejo preços astronômicos cobrados por imóveis de 47 m², sendo que o total de dígitos não é menor de seis.

Temos terrenos muito caros por aqui, agora eu não sei o porquê.

Acho que cobrar R$ 100.000,00 por 47 m² é uma afronta ao meu bolso, sendo que não se gasta nem R$ 15.000,00 com construção e nem R$ 5.000,00 com terreno. Eu acho uma falta de respeito.

Quem comprará essas casas?

Acho que os atuais donos de toda a cidade: especuladores, grandes empresas e outros. Mas famílias não. Nisso eu não acredito.

O Governo tem que olhar realmente quem ele irá tornar dono da cidade, ou ter direito a cidade: os especuladores ou os cidadãos.

Digo logo: cidade para os cidadãos. Também queremos ser donos dela.


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