sábado, 1 de agosto de 2015

A pesquisa foi realizada no blog RMB Agora, de 01 de fevereiro a 31 de julho de 2015. Motivos Predominantes: 1 - Usuários já não pesquisam tanto como em anos anteriores; 2 - Crescimento do acesso móvel; 3 - Google não tem o compartilhamento das redes sociais; 4 - A passividade dos usuários em receber e não procurar a notícia.

Em 26 de agosto de 2010, as formas de acesso à internet começaram a mudar, nesta data, a TIM anunciava o serviço de internet pré-paga, por R$ 0,50/dia, relatado por mim, no meu antigo blog : "TIM lança internet pré-paga numa tentativa de conquistar um nicho pouco explorado no ramo de telefonia móvel no país e fortalecer sua imagem".

Com essa atitude da TIM começou a revolução móvel no Brasil, o que também foi responsável pelo declínio de um negócio familiar, as lan houses e cyber cafés: "Segundo a empresa (Tim), o mercado de lan house no Brasil atinge cerca de 35 milhões de pessoas, movimentando de R$ 5 bilhões a R$ 7 bilhões de reais por ano", relatei na época.

Então, a Tim, pra afundar de vez as lan houses, através de uma parceria com o Facebook assinada em 18 de maio de 2010, lançou o serviço de acesso grátis ao site 0.facebook.com através do próprio aparelho celular, o que provocou o declínio de mais um negócio, a rede social Orkut.


Concomitante ao marco inicial do acesso móvel à internet no Brasil ainda via WAP, a Apple, em 2007, lançou o seu primeiro Smartphone, o iPhone. Já o Android OS vinha evoluindo: "A empresa de pesquisas Canalys estimou que no segundo semestre de 2009 o Android representava 2,8% de todos os smartphones vendidos no mundo. No quarto trimestre de 2010 essa fatia passou a ser de 33%, transformando-se na plataforma móvel mais vendida, superando a então líder Symbian. No terceiro trimestre de 2011 a Gartner estimou que o Android representava mais da metade (52,5%) das vendas mundiais de smartphones. Já no terceiro trimestre de 2012, segundo a IDC, esse número era de 75% (Wikipédia)". 

Tínhamos agora, uma nova forma de acessar à internet, através da nossa "vestimenta obrigatória", o celular, com Android e com o Facebook grátis.

O advento do botão Compartilhar foi a principal sacada do Facebook. Ele também perguntou e pergunta até hoje aos usuários: "O que você tá fazendo?". Aí surgiam aquelas fotos engraçadas, as fotos das viagens a congressos... Enfim, a conectividade e a interação.

Também em 2012, um aplicativo vinha ganhando espaço como rede social exclusiva para celulares, multiplataforma, o WhatsApp, que recebia cerca de 2 bilhões de mensagens por dia em abril de 2012 e saltou para 10 bilhões em agosto do mesmo ano. Em Junho de 2013, o aplicativo alcançou a marca dos 250 milhões de usuários ativos e 25 bilhões de mensagens enviadas e recebidas diariamente.

O Facebook estava perdendo espaço e se viu ameaçado por um empresa recém criada, então no dia 19 de fevereiro de 2014, o Facebook adquiriu a empresa WhatsApp pelo montante de 16 bilhões de dólares e ainda incorporou seus fundadores.

Outra Rede Social que vinha incomodando o Facebook era o Instagram, que serve para compartilhar fotos, aplicando filtros e deixando as pessoas mais bonitas, adicionando posteriormente vídeos curtos de até 15 segundos. Solução: Facebook adquiriu em em abril de 2012 por 1 bilhão de dólares.

Por que o Facebook gera maior tráfego que o Google?

A pesquisa atual mostrou que 64% das pessoas chegam ao blog RMB Agora pelo Facebook, já pelo Google, apenas 6,26%. A pesquisa foi realizada com 26.101 usuários únicos, entre 1 e 31 de julho de 2015, usando a ferramenta Google Analytics (primeira figura). Para ratificar que por causa dos celulares o Google perdeu espaço nas origens do tráfego, no dia 30 de maio de 2015, o acesso à internet chegou a 76,35% feitos de smartphones no blog RMB Agora.

6 meses

Levando em consideração o período de 6 meses (01/02 a 31/07/2015), como mostra a segunda figura, o Facebook gera 58% do tráfego e o Google apenas 8,85%, usando a mesma metodologia, com um total de 73.331 usuários únicos.

Por não ser uma Rede Social, as pessoas não te avisam pelo Google que certo fato aconteceu, ou que está com saudades, ou que aquela vaga de emprego que você tanto esperava apareceu. Elas avisam pelo WhatsApp e pelo Facebook.

Dá preguiça de pesquisar no Google, tudo já vem mastigado pelo Facebook e WhatsApp, inclusive mentiras que se tornam verdades por serem repetidas várias vezes, já que a maioria das pessoas não checa a fonte.

O Google ficou para pesquisa de fatos pretéritos, acadêmicos e curiosidades. Como ele é o oráculo moderno, ninguém ousa deixá-lo de lado, pois ele sabe de tudo.

Outro fato é que hoje o Google é o TOP em Visitantes Únicos no Brasil, mas você sabia que 16.9% das entradas em seus sites vêm do Facebook? Isso representa mais de 1.3 bilhões de entradas em Janeiro de 2015, segundo Beatriz Vieira do ComScore.

A Revista Exame, edição on-line, publicou que o Facebook superou o Google e se tornou o site mais acessado pelos brasileiros durante os fins de semana e feriados do mês de abril/2015. O Facebook não superou o Google em número de acessos apenas no último dia 7 de abril (sábado). Durante os dias da semana, o Google continua a frente. Com o levantamento, concluiu-se que o Facebook acaba recebendo uma fatia maior do bolo durante os períodos de lazer.

Incentivo a produção de conteúdo

Acessamos um site para ver seu conteúdo e a melhor maneira de um site crescer é através da construção pelos usuários. O Facebook faz isso e não rentabiliza. Veja:
  • Facebook: incentiva através da conectividade dos usuários. Ou seja, você trabalha de graça.
  • Google: incentiva através de programas de rentabilização como o Google Adsense, YouTube. O google te paga para produzir conteúdo.
O próximo passo do facebook é rentabilizar os vídeos como o YouTube faz e implementar essa concorrência, como anunciado recentemente.

Adriano Borges - O autor.

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