quinta-feira, 26 de maio de 2011

Salve salve galera!

Hoje o nosso assunto é a baixaria que tem rolado entre as duas mais influentes empresas de telecomunicação do Pará: as Organizações Rômulo Maiorana e o grupo Rede Brasil Amazônia (RBA). Ambas as empresas possuem emissoras de tv, jornais impressos, estações de rádio e bastante interatividade na internet. Enfim, tem um poder de influência muito grande. Mas esse não é o único poder que essas empresas possuem, é claro. O poder político é o maior trunfo que cada uma delas exerce em território paraense.

É lógico que forças deste porte, que detém de tantos poderes assim, dificilmente viveriam em paz uma com a outra. Principalmente se forem de grupos políticos diferentes. E é assim que acontece: a RBA é diretamente ligada ao senhor Jáder Barbalho, grande líder do PMDB-PA, eleito Senador da República Federativa do Brasil mas que pelo até o dia de hoje não exerce o cargo, por causa da Lei dos Fichas Sujas; Já as ORM não têm ligação direta como a RBA, mas digamos que tem fortes tendências aos partidos da Direita paraense.

Historicamente esses dois grupos se engalfinharam, de uma forma ou de outra. Faziam insinuações, trocavam farpas e faíscas, mas sempre ficava tudo no subentendido. No entanto, recentemente essa história mudou: o jornais de ambos passaram a conter inúmeras baixarias. E o que ficava nas entrelinhas passou a ficar bem escancarado nas manchetes dos jornais.

As coisas começaram a piorar quando veio à tona o mais recente escândalo da Assembléia Legislativa, na qual deputados foram acusados de desvios que chegavam à casa de milhões de reais, usando funcionários fantasmas e afins. Entre eles estavam o deputado RobGol (ex-atacante do Paysandu) e Domingos Juvenil (candidato PMDBista, derrotado nas eleições ao governo do estado em 2010). Era tudo que as ORM queriam pra falar mal do PMDB/RBA/Jáder.

Logo depois, outro escândalo veio à tona: O presidente das ORM  e o seu irmão foram acusados de crime contra o sistema financeiro, por supostamente term desviado cerca de 4 milhões de reais, advindos da antiga SUDAM, em relação à empresa em que ambos fundaram, a que produz os refrigerantes Fly. O jornal Diário do Pará (da RBA) afirmou que o Presidente das ORM teria dito em seu depoimento que a culpa de tudo aquilo era apenas do seu irmão.

Logo depois, com direito à editorial e tudo, Rômulo Maiorana publicou sua resposta "O safado e suas safadezas", na qual ataca Jáder com várias palavras de baixo calão. Jáder responde no dia seguinte no mesmo nível, e ainda sugerindo que RM estivesse de TPM e que fosse fazer um exame hormonal, pra ver se tava tudo certo.

Um dia depois, O Liberal publica o Dossiê Jáder, que conta 30 anos de histórias de falcatruas no Pará. E não é que o circo tá pegando fogo, meus caros? E é briga de cachorro grande.

Como humilde membro da sociedade paraense, apesar de toda a baixaria, fiquei entusiasmado com toda essa história, porque só assim pra sabermos certos detalhes de tanta corrupção e parcialidade que ocorre entre os políticos e jornalistas do nosso estado. O Jornalismo do Pará está totalmente ligado aos interesses de uma minoria que se degladia para ver quem consegue ter mais influência, para assim ter mais cargos políticos, mais dinheiro e com isso ganhar mais influência ainda. Ou seja, é um nefasto ciclo vicioso.

Nessa briga, quem ganha e perde, ao mesmo tempo, é a população do Pará, que sabe cada vez mais o quanto nos fazem de idiotas essas famílias, que se acham donas do nosso estado.

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Fonte: http://lasanhacomfarinha.blogspot.com e http://twitter.com/alex_ferreira7

2 comentários :

  1. Usei até tua postagem como referência na minha... Continue escrevendo bem.

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  2. Ainda bem que existem dois lados. Já pensou se essa galera se junta num lado só? Seria um Deus nos acuda.

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