segunda-feira, 25 de março de 2013

Você sabe que existem pessoas no Brasil que passam fome?

Pois é. Existem.

E a fome dói.

Agora imagine que você fez sua comida em casa e sobrou um resto, aquele resto que ninguém queria mais.

Você o deixou na geladeira e depois de alguns dias julgou que ele não servia mais.

Então você jogou no lixo.

De repente, você está dentro de um ônibus, no engarrafamento, no Guamá (Bairro de Belém) e se depara com um mendigo carregando uma caixa, com materiais aparentemente para a reciclagem.

Sabe aquele lixo que você jogou no pé do poste com a comida?

O mendigo abre a sacola do lixo.

E quando eu penso que ele vai pegar alguma garrafa pet ou sei lá que, ele tira um pedaço de carne e come.

De repente, o mundo que eu conhecia cai na minha frente.

Lembrei do pão que eu não comi e ficou duro e joguei fora no lixo.

Lembrei da carne que não comi ontem só ela tinha um pedaço de gordura e joguei fora.

E caminhando pela rua, vi uma mulher comprando vários vasos e flores e plantas para colocar em sua casa, ou em algum jardim, aí pensei: “Nossa! Quanto de comida isso dava pra comprar”.

Aí um amigo meu, que me deu uma carona, em seu Sandeiro completo, avistou outro Sandeiro e comentou: “Olha! Esse aí só tem 5 lugares e não tem tração. O meu tem! O me é completo!”

Enfim.

Será que a culpa é minha, que estraguei comida?

Ou da mulher que compra coisas “inúteis”?

Ou do amigo fútil, que só pensa em carros?

Ou do Modo de Produção Capitalista – MPC, que produz tanta desigualdade?

Acho que está na hora de refletirmos sobre tudo: nossas ações, nossa futilidade, e principalmente, nosso consumo.

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