quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A greve na UFPA continua. Docentes decidem com maioria absoluta dos votos.

Na maior assembleia realizada após mais de 100 dias de greve na Universidade Federal do Pará (UFPA), os docentes decidiram, com maioria absoluta dos votos, manter a continuidade da paralisação na manhã desta quinta-feira, 30, no hall da reitoria. O movimento grevista segue por tempo indeterminado até que o governo Dilma retome as negociações com a categoria.

Os professores demonstraram ao governo que estão com força total para prosseguir na luta pela reestruturação da carreira docente e por melhores condições de trabalho. “A decisão da categoria é pelo retorno das negociações com os professores que conhecem as condições de trabalho e os problemas da carreira docente. Não aceitaremos desrespeito e imposições do governo sobre nosso trabalho, pois é a própria educação pública que se torna alvo com essas medidas autoritárias”, ressaltou a professora Rosimê Meguins, diretora geral da ADUFPA.

Durante a assembleia, a defenderem a manutenção da greve, os docentes exigiram dignidade e respeito aos direitos dos trabalhadores da educação tanto por parte do governo Dilma como da reitoria da UFPA, que até hoje não respondeu à pauta local de reivindicações protolocada pela categoria. Nenhum professor se pronunciou contra o movimento grevista. Os docentes querem que o governo federal deixe de intransigência e retome às negociações, dialogando diretamente com a pauta do ANDES-SN.

A professora Vera Jacob, da diretoria da ADUFPA, fez os esclarecimentos mais recentes do Comando Nacional de Greve e informou que em 22 Instituições Federais de Ensino (IFE) as decisões tiradas em assembleias foram pela manutenção da greve. Até a próxima quarta-feira, outras instituições em greve também tomarão suas decisões.

Vera Jacob também relatou que a unanimidade dos senadores, em audiência pública no Senado Federal ontem, 29, “pediram ao governo que retome o diálogo com os professores, suspenso no último dia 1º de agosto, de forma unilateral pelo Executivo”.



Fonte: ADUFPA

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