Com a realização da Assembleia Geral Extraordinária do Campus Belém, ocorrida na manhã de segunda-feira, dia 12, ficou bem clara a opção dos docentes e técnicos-administrativos do IFPA pela manutenção da greve. Além do Campus Belém, cujos servidores presentes decidiram unanimemente pela manutenção do movimento, os campi de Santarém, Tucuruí, Altamira, Marabá Industrial, Marabá Rural, Conceição do Araguaia e Abaetetuba também decidiram pela continuidade da greve, após reunião ampliada dos seus Comandos Locais de Greve, inclusive alguns alguns apontando para a radicalização do movimento. O campus Bragança está em reunião hoje a tarde para decidirem sobre o movimento grevista, já o Comando de Greve de Castanhal optou por referendar a decisão da Plenária Nacional da categoria. A realização das consultas à base foi uma orientação do Comando Nacional de Greve, para embasar a decisão nacional.
Dois argumentos centrais embasaram a decisão da categoria: o primeiro é de que até agora os técnicos-administrativos não foram contemplados com nenhum item da pauta econômica, apenas com a promessa de que suas reivindicações específicas serão discutidas em um GT (Grupo de Trabalho) ficando sem nenhum tipo de reajuste para o ano que vem. O segundo é que mesmo os próprios docentes da carreira tecnológica não chegaram a ser recebidos pelo Ministério do Planejamento (MPOG), mas foram anexados a posteriori em um acordo celebrado por uma entidade cuja categoria sequer encontrava-se em greve (ANDES). Vale lembrar que esse acordo rebaixado (que oferece 4% em contraposição a uma reivindicação de 14%) também foi assinado por outra entidade, o Proifes (Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior) que não tem representatividade para negociar em nome da categoria.
Diante desses dois fatos, a grande maioria dos campi do IFPA optaram pela manutenção da greve.
Aguarda-se agora a decisão da Plenária Nacional do Sinasefe.
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Fonte:Blog do Sinasefe Pará
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