Ter relacionamentos flexíveis e instáveis, andar nas ruas e não olhar nos olhos das outras pessoas, acordar e não ter mais certeza de quem somos. Todas essas ações são comuns no dia-a-dia do homem atual e foram estudadas pelo sociólogo Zygmut Bauman como características da sociedade moderna. As frágeis relações humanas de que falou o sociólogo são agora transformadas no espetáculo Caixa de Pandora, que reestréia amanhã (26) no Teatro Cláudio Barradas.
Fruto de 4 meses de experimentações dos alunos do Curso Técnico em Dança da Escola de Teatro e Dança da UFPA (ETDUFPA), o espetáculo se baseou em duas obras de Bauman: Amor Líquido e Confiança e Medo na Cidade. “Transformar todas essas teorias em movimentos, gestos em uma cena, não foi nada fácil, tanto que os bailarinos passaram meses experimentando como trazer para os palcos esse ‘caos ordenado’ que é a sociedade moderna”, relata uma das diretoras do espetáculo, professora Mayrla Andrade.
Segundo Mayrla, o espetáculo Caixa de Pandora não é concebido apenas como de dança, já que estão presentes o teatro, a música, a poesia e outras linguagens. “Foi um grande desafio trabalhar essas linguagens com os alunos, mas eu acho que hoje, na contemporaneidade, existe essa necessidade de explorar diversas interfaces. Nós tratamos das relações humanas e elas são feitas dessas linguagens: uma hora eu to ouvindo música, em outro em to lidando com pessoas diferentes.”, constata a professora.
A metáfora é outro elemento presente em Caixa de Pandora e os objetos em cena assumem vários significados durante o espetáculo. De acordo coma professora Mayrla: “Desde o inicio do espetáculo os intérpretes-criadores (alunos) carregam malas, que não funcionam simplesmente como um acessório, mas que representam tudo que a gente carrega durante nossa vida: memórias, objetos, roupas”. No meio do espetáculo há um grande jogo e troca de malas para representar uma das características da modernidade: a crise das identidades.
Participação do público é um dos pontos fortes
Mayrla conta que a recepção do público na apresentação anterior foi satisfatória e que chegou a surpreender a produção do espetáculo. “Não utilizamos o palco italiano, mas arena, então o público fica ao redor e desde o começo interage com o espetáculo. Tem um momento que os intérpretes-criadores convidam o público para ‘entrar’ na caixa, para partilhar dos sentimentos. Algumas pessoas, inclusive, subiram na estrutura, brincaram, cantaram, dançaram. Eles estavam totalmente imersos e isso nos surpreendeu bastante, deu muita vida para o espetáculo”, relata a professora.
Para essa nova temporada, a expectativa é de que o público confira uma série de novidades e mudanças no espetáculo. “Cada dia os intérpretes-criadores estão diferentes do espetáculo passado. Caixa de Pandora está mais madura e mais intensa também. Então o público pode vir e se preparar para surpresas.”, convida Mayrla.
Serviço:
Fruto de 4 meses de experimentações dos alunos do Curso Técnico em Dança da Escola de Teatro e Dança da UFPA (ETDUFPA), o espetáculo se baseou em duas obras de Bauman: Amor Líquido e Confiança e Medo na Cidade. “Transformar todas essas teorias em movimentos, gestos em uma cena, não foi nada fácil, tanto que os bailarinos passaram meses experimentando como trazer para os palcos esse ‘caos ordenado’ que é a sociedade moderna”, relata uma das diretoras do espetáculo, professora Mayrla Andrade.
Segundo Mayrla, o espetáculo Caixa de Pandora não é concebido apenas como de dança, já que estão presentes o teatro, a música, a poesia e outras linguagens. “Foi um grande desafio trabalhar essas linguagens com os alunos, mas eu acho que hoje, na contemporaneidade, existe essa necessidade de explorar diversas interfaces. Nós tratamos das relações humanas e elas são feitas dessas linguagens: uma hora eu to ouvindo música, em outro em to lidando com pessoas diferentes.”, constata a professora.
A metáfora é outro elemento presente em Caixa de Pandora e os objetos em cena assumem vários significados durante o espetáculo. De acordo coma professora Mayrla: “Desde o inicio do espetáculo os intérpretes-criadores (alunos) carregam malas, que não funcionam simplesmente como um acessório, mas que representam tudo que a gente carrega durante nossa vida: memórias, objetos, roupas”. No meio do espetáculo há um grande jogo e troca de malas para representar uma das características da modernidade: a crise das identidades.
Participação do público é um dos pontos fortes
Mayrla conta que a recepção do público na apresentação anterior foi satisfatória e que chegou a surpreender a produção do espetáculo. “Não utilizamos o palco italiano, mas arena, então o público fica ao redor e desde o começo interage com o espetáculo. Tem um momento que os intérpretes-criadores convidam o público para ‘entrar’ na caixa, para partilhar dos sentimentos. Algumas pessoas, inclusive, subiram na estrutura, brincaram, cantaram, dançaram. Eles estavam totalmente imersos e isso nos surpreendeu bastante, deu muita vida para o espetáculo”, relata a professora.
Para essa nova temporada, a expectativa é de que o público confira uma série de novidades e mudanças no espetáculo. “Cada dia os intérpretes-criadores estão diferentes do espetáculo passado. Caixa de Pandora está mais madura e mais intensa também. Então o público pode vir e se preparar para surpresas.”, convida Mayrla.
Serviço:
Espetáculo cênico Caixa de Pandora.
Local: Teatro Universitário Cláudio Barradas.
Dias 26,27 e 28 de maio, às 20h.
Ingressos: R$10 (inteira) R$5 (meia) (assessoria do ICA/UFPA)
Fonte:DOL Online
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