População deve evitar criadouros do mosquito.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e o Instituto Evandro Chagas (IEC), instituição que é referência em virologia na América Latina, estão desenvolvendo uma intensa investigação sobre o vírus tipo 4 da dengue.
Até esta sexta-feira (14), quatro cidades já haviam sido visitadas por técnicos das duas instituições, em busca de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A busca começou no município de Santarém Novo, no nordeste paraense, local onde foi encontrado o primeiro paciente infectado pelo vírus tipo 4 no Pará.
"Estamos fazendo um trabalho minucioso de investigação. Queremos saber por onde o paciente andou, como estavam às condições da casa onde ele mora e como contraiu a doença. Nosso objetivo é evitar que esse tipo de dengue se prolifere no Estado", informou o diretor do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, Amiraldo Pinheiro.
Os técnicos já estiveram em Salinópolis, também no nordeste do Estado, onde o paciente teria passado alguns dias antes de adoecer. Em Icoaraci, distrito de Belém - para onde o paciente se deslocou após adoecer -, foram procurados novos focos da doença. A equipe esteve ainda no município de Abaetetuba, no Baixo Tocantins, onde foi identificado o segundo caso suspeito da doença, que ainda aguarda confirmação.
O trabalho consiste em coletar o sangue das pessoas que podem estar contaminadas, para análise pela equipe de virologistas do IEC. Os técnicos também fazem um levantamento das áreas onde essas pessoas moram, em busca do mosquito Aedes aegypti. "Tanto o sangue das pessoas suspeitas, quanto os mosquitos encontrados nos focos de dengue são colhidos e levados para o Instituto. Lá, vamos identificar qual o tipo de dengue que essas pessoas podem ter contraído, tipo 1, 2, 3 ou 4", ressaltou o pesquisador do IEC, Pedro Vasconcelos.
População - O diretor do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, Amiraldo Pinheiro, enfatizou que todas as iniciativas tomadas pela Secretaria, pelo IEC e pelo Ministério da Saúde não terão êxito sem a contribuição das pessoas. "A população tem relaxado em algumas situações. Se cada um fizer a sua parte, podemos juntos evitar que haja uma epidemia de dengue no Pará e no Brasil", reiterou o diretor, que destacou algumas informações essenciais sobre a doença.
P: O que diferencia a dengue tipo 4 dos outros tipos da doença?
R: Clínica e epidemiologicamente praticamente não há nenhuma diferença.
P: Qual a maior preocupação em relação a esse novo tipo de dengue?
R: A preocupação é que a população não tem proteção de anticorpos específicos para o sorotipo 4, e por isso estará mais vulnerável.
P: Há possibilidade de ocorrer uma epidemia?
R: Conforme os resultados relativos ao índice de infestação predial dos municípios no último bimestre de 2010, a maioria apresentou índices satisfatórios. Se os municípios continuarem com o mesmo empenho e a população fizer o papel que lhe cabe, conforme todas as recomendações, durante as visitas domiciliares pelos agentes de saúde e as veiculadas pela mídia, mesmo com a circulação do vírus o risco de epidemia será pequeno. Lembramos que a única forma de controlar a dengue é controlando o Aedes aegypti.
P: É possível fazer um balanço dos casos de dengue no Pará?
R: O Estado apresentou aproximadamente 8 mil casos em 2010 (dados ainda sujeitos a alterações). Quanto à distribuição por tipo não é possível, porque só uma amostragem de aproximadamente 10% dos casos é confirmada laboratorialmente (percentual determinado pelo Ministério da Saúde, pela inviabilidade de examinar todo mundo e o resultado laboratorial não ser necessário para o manejo clínico). A lógica é de que quando temos suspeitos num local inicialmente realizamos exames laboratoriais (sorologia e isolamento viral) para confirmar a circulação e o tipo. Depois, fazemos a confirmação clínica (também com base nas diretrizes do programa).
P: Qual o tipo de dengue mais comum no Pará?
R: Em 2010 circulou o sorotipo 1 na região oeste do Estado e o sorotipo 2 na Região Metropolitana e demais regiões.
(Secom)
Até esta sexta-feira (14), quatro cidades já haviam sido visitadas por técnicos das duas instituições, em busca de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A busca começou no município de Santarém Novo, no nordeste paraense, local onde foi encontrado o primeiro paciente infectado pelo vírus tipo 4 no Pará.
"Estamos fazendo um trabalho minucioso de investigação. Queremos saber por onde o paciente andou, como estavam às condições da casa onde ele mora e como contraiu a doença. Nosso objetivo é evitar que esse tipo de dengue se prolifere no Estado", informou o diretor do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, Amiraldo Pinheiro.
Os técnicos já estiveram em Salinópolis, também no nordeste do Estado, onde o paciente teria passado alguns dias antes de adoecer. Em Icoaraci, distrito de Belém - para onde o paciente se deslocou após adoecer -, foram procurados novos focos da doença. A equipe esteve ainda no município de Abaetetuba, no Baixo Tocantins, onde foi identificado o segundo caso suspeito da doença, que ainda aguarda confirmação.
O trabalho consiste em coletar o sangue das pessoas que podem estar contaminadas, para análise pela equipe de virologistas do IEC. Os técnicos também fazem um levantamento das áreas onde essas pessoas moram, em busca do mosquito Aedes aegypti. "Tanto o sangue das pessoas suspeitas, quanto os mosquitos encontrados nos focos de dengue são colhidos e levados para o Instituto. Lá, vamos identificar qual o tipo de dengue que essas pessoas podem ter contraído, tipo 1, 2, 3 ou 4", ressaltou o pesquisador do IEC, Pedro Vasconcelos.
População - O diretor do Departamento de Controle de Endemias da Sespa, Amiraldo Pinheiro, enfatizou que todas as iniciativas tomadas pela Secretaria, pelo IEC e pelo Ministério da Saúde não terão êxito sem a contribuição das pessoas. "A população tem relaxado em algumas situações. Se cada um fizer a sua parte, podemos juntos evitar que haja uma epidemia de dengue no Pará e no Brasil", reiterou o diretor, que destacou algumas informações essenciais sobre a doença.
P: O que diferencia a dengue tipo 4 dos outros tipos da doença?
R: Clínica e epidemiologicamente praticamente não há nenhuma diferença.
P: Qual a maior preocupação em relação a esse novo tipo de dengue?
R: A preocupação é que a população não tem proteção de anticorpos específicos para o sorotipo 4, e por isso estará mais vulnerável.
P: Há possibilidade de ocorrer uma epidemia?
R: Conforme os resultados relativos ao índice de infestação predial dos municípios no último bimestre de 2010, a maioria apresentou índices satisfatórios. Se os municípios continuarem com o mesmo empenho e a população fizer o papel que lhe cabe, conforme todas as recomendações, durante as visitas domiciliares pelos agentes de saúde e as veiculadas pela mídia, mesmo com a circulação do vírus o risco de epidemia será pequeno. Lembramos que a única forma de controlar a dengue é controlando o Aedes aegypti.
P: É possível fazer um balanço dos casos de dengue no Pará?
R: O Estado apresentou aproximadamente 8 mil casos em 2010 (dados ainda sujeitos a alterações). Quanto à distribuição por tipo não é possível, porque só uma amostragem de aproximadamente 10% dos casos é confirmada laboratorialmente (percentual determinado pelo Ministério da Saúde, pela inviabilidade de examinar todo mundo e o resultado laboratorial não ser necessário para o manejo clínico). A lógica é de que quando temos suspeitos num local inicialmente realizamos exames laboratoriais (sorologia e isolamento viral) para confirmar a circulação e o tipo. Depois, fazemos a confirmação clínica (também com base nas diretrizes do programa).
P: Qual o tipo de dengue mais comum no Pará?
R: Em 2010 circulou o sorotipo 1 na região oeste do Estado e o sorotipo 2 na Região Metropolitana e demais regiões.
(Secom)
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